segunda-feira, 29 de junho de 2009

Referência

Os três textos abaixo são de opinião dos estudantes de jornalismo, autores dos mesmos, baseados no artigo "A cobertura e o debate público sobre os casos Madeleine e Isabella: encadeamento midiático de blogs, Twitter e mídia massiva" de Alex Primo.
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Para complementar a informação acesse também:

http://www.alexandrefrazao.blogspot.com/
wwwdanielghedin.blogspot.com (sem o ponto depois do www)

A micromídia aliada à grande mídia

No tempo em que foi feita a pesquisa publicaram noticia somente após um ano do desaparecimento de Madeleine. Já os blogs e os micro-blog estavam constantemente publicando questões a respeito do caso.

Tanto twitter e o blog servem de ressonância para a mídia tradicional. Ou seja repercutem aquilo que a grande imprensa noticiou. Surgiram também por partes dos internautas críticas aos grandes veículos. Por isso foi observado que esses novos canais da Internet podem tanto somar para que a mídia tradicional venda mais e ao mesmo tempo seja mais facilmente criticada por seus atos.

Os blogs e micro-blogs permitem que a comunicação se estabeleça em uma via de mão dupla, diferente dos veículos tradicionais, que simplesmente fazem a distribuição de informação. O alcance, como não poderia deixar de ser, é mundial e mais eficaz. A micromídia tem um alto alcance com um custo muito reduzido, e utilizando-se da alta tecnologia. E o melhor, não necessita de concessão pública.

Além de possibilitar a informação em escala mundial, a micromídia faz com que seja contemplada a comunicação interpessoal. Comunicação: Muitos-muitos. E tudo isso só foi possível com a emersão das tecnologias digitais. Os grandes jornais do mundo já estão se rendendo as informações disponíveis no ciberespaço. Não é raro ver nas páginas desses jornais, link’s contendo os endereços de seus próprios blogs e de terceiros, que podem ter relação com os assuntos discorridos nas matérias.

Todas essas tecnologias virtuais de informação facilitam a circulação de informação em escala global, o debate público sobre noticias, a analise de textos feitos por profissionais da comunicação ou não, com vinculo ou sem com as instituições midiaticas. As novas mídias são uma realidade, mas não podemos afirmar tam pouco que os veículos e o capital transnacional esteja perdendo forças. Na verdade os meios digitais podem fortalecer ou servir como resistência pra a grande mídia.
Anderson Machado

As novas mídias e as novas maneiras de cobertura jornalística

Em setembro de 2008, segundo o State of the Blogosphere, existiam 130 milhões de blogs, com taxa de atualização de 900 mil posts por dia. Para alguns isso pode significar o fim do jornalismo e da credibilidade e para outros a hegemonia das grandes instituições de mídia está acabando.
A cada dia blogs e microblogs como o Twitter ganham espaço na mídia digital. Pessoas comuns que seguem em sua maioria pessoas comuns, amigos, para saber o que o outro está fazendo.

Notícias e opiniões sobre o que acontece no mundo também são postadas. Através de sistemas de hashtags, ou um sustenido com alguma palavra chave como tag, as informações sendo classificadas como pertencentes a um tema.

Sites de notícias e veículos de comunicação participam da rede e acabam levando furo de twitteiros que postam notícias e informações atualizadas de acontecimentos. Porém, o relatório de 2007, da pesquisa anual State of the News Media, revela que s tradicionais grupos jornalísticos americanos estão aumentando sua força, como os sites da CNN e do New York Times.


Assim, pode-se ver que cada um tem seu espaço e que a credibilidade dos jornais ainda consegue se manter na web. Isso significa que um pode complementar o outro. As pessoas têm cada vez mais procurado informações na Internet, com baixo custo e se quiserem nem precisam procurar, basta assinar um feed ou newsletter para receber no e-mail ou celular apenas notícias selecionadas, de seu interesse.

Hoje é comum ouvir jornalistas comentarem o futuro da profissão devido ao avanço das tecnologias de informação. Os mais novos que já trabalham com a Internet são muito diferentes dos jornalistas de redação de antigamente. Com a mudança na forma de consumir notícias o perfil dos profissionais que fazem as notícias, logicamente precisa ser adaptado.

É difícil definir o público para o qual se está falando, já que na Internet qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo pode acessar as informações que publicamos. E neste contexto é possível questionar as possibilidades e resultados dos diferentes meios de comunicação, vendo que cada um atinge seu público de maneira diferente e utiliza técnicas de veiculação próprias para transmitir sua mensagem.

Atualmente discutimos as leis necessárias para regulamentar e proteger as informações ou filtrá-las através da Internet. É um paradoxo, pois antigamente quanto mais livres as informações fossem, melhor seria. E aqui os jornalistas começam a parecer inúteis, porque um economista pode escrever muito melhor sobre economia em um blog do que ele em seu jornal.

Se antes o ideal era uma informação sem intermediários, hoje a situação exige que alguém filtre o conteúdo antes que ele chegue ao consumidor final, já que o excesso de informações pode causar de desinformação. Não é o fim do jornalismo. O perfil deste profissional precisa ser conectado aos interesses dos consumidores de bytes. Sistemas de assinatura de boletins ajudam a definir quem está procurando determinadas informações e assim os profissionais da comunicação podem oferecer exatamente o que ele procura.

Emanuelle Querino

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Composto informacional midiático

Blogs como este fazem parte do composto informacional midiático. O que é isso? Um conjunto de informações repassadas a todos os cantos do mundo por meios de comunicação que servem para a atualização de notícias. Não apenas a mídia tradicional, jornal, revista, rádio e TV. Participam desse conjunto desde fanzines a portais na web, blogs, twitter, etc.

São suportes que ultrapassam a conversa presencial.

Pra quem lê, o mais importante são aqueles meios que atualizam sobre assuntos de seu interesse. Pode ser as notícias "quentes" ou aquelas fofocas de celebridade, novela, enfim.
Pra ele, não importa muito quem foi que publicou a notícia: um jornalista ou uma instituição, nem se aquilo é verdade ou apenas boato. Importa é que tem assunto pra falar com a galera.

Julgar se a informação é relevante e o meio tem credibilidade parte da própria pessoa em se dar conta do composto informacional midiático a que se expõe.
Para o leitor de um blog, pode não importar a formação do blogueiro, mas sim a relevância dos posts, de acordo com seus gostos e interesses.

O internauta tem contato com informações de inúmeros meios de comunicação. Periódicos impressos, blogs, radiojornalismo e podcasts, telejornais e vídeos do Youtube. A compreensão que ele tem do real e como essas informações intervêm diretamente em sua vida depende do composto informacional midiático que ele assiste.

Mas esse composto não é feito apenas de "recepção". É possível interagir com outras pessoas e perguntar, esclarecer dúvidas sobre as noitícias e informações recebidas, através de fóruns de discussão, MSN, orkut, enfim.

Como exemplo, posso citar a notícia do airbus da AirFrance. Inúmeras pessoas, de todas as partes do mundo, visitaram sites na internet e se comunicaram através principalmente do twitter para saber o que realmente aconteceu. Mesmo que uma pessoa não tenha escrito nenhum post, se ela acompanhou os diálogos, ela também faz parte do composto informacional midiatico.

A intertextualidade entre diferentes meios de comunicação, movimentando diversos tipos de produção e interação exemplifica o que se chamou de encadeamento midiático.

Lorraine Amorim

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